Um advogado foi agredido por um investigador da Polícia Civil na tarde da quarta-feira, 5, em Batatais, no interior de São Paulo. De acordo com informações do Boletim de Ocorrência (B.O), obtidos pelo site da Jovem Pan, Lucas de Lima Roberto recusou a entrada das autoridades no imóvel de um suspeito de furto, alegando que não havia um mandado de busca e apreensão para os agentes entrarem na casa de sue cliente, localizada no bairro de Antônio Romagnolli.
Os agentes foram ao local porque tinham informações de que havia produtos furtados e roubados na residência. O suspeito pelas agressões é o investigador Leonardo Toffeti, segundo o registro da Polícia Civil. A reportagem da Jovem Pan teve acesso ao vídeo que mostra o momento da agressão. O advogado levou uma cabeçada e caiu no meio da rua.
Advogado é agredido por policial civil em Batatais/SP
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— Migalhas (@PortalMigalhas) July 6, 2023
Na sequência, o investigador desfere chutes e tapas na vítima, que estava caída. Em outro vídeo, o policial empurra o advogado contra uma parede. Uma mulher que grava as agressões pede para o policial deixar o celular com o advogado. Depois, o agente é contido pelos colegas. O caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil.
A Ordem de Advogados do Brasil (OAB), subseção Batatais, se manifestou sobre o ocorrido. Em nota, a entidade repudiou o episódio e afirmou que a “humilhação verbal e física atingiu a esfera moral e ética de toda a classe advocatícia”. Na sequência, a OAB se solidarizou com a vítima e diz esperar que situações semelhantes voltem a acontecer, “principalmente contra colegas de profissão”.
A entidade afirmou que seguirá acompanhando as investigações. “A construção de uma sociedade igualitária, livre de qualquer forma de discriminação e violência, é uma tarefa de todos e sempre será objetivo norteador desta Subseção”, diz a nota. A OAB-SP disse, nesta quinta-feira, 6, que solicitou o afastamento imediato do policial e sua demissão da corporação, “após rigoroso processo administrativo” e irá propor a concessão de desagravo de ofício.
A reportagem também consultou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), que informou que o caso é investigado pela 3º Corregedoria Auxiliar de Ribeirão Preto, que faz as diligências para “esclarecer as circunstâncias relativas aos fatos”. A pasta informou que os detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.
Créditos: Jovem Pan.