Nesta segunda-feira, 31, o jornal francês Le Monde publicou um artigo de opinião escrito pela primeira-dama do Brasil, Janja da Silva. No texto, intitulado “São os homens que decidem ir para a guerra, e são as mulheres que sofrem as piores consequências” e disponível em francês e inglês, a socióloga analisa o papel feminino na proteção da família e argumenta que “é impossível construir a paz sem a participação ativa das mulheres”.
Além de ser um dos mais tradicionais jornais da França, com início da circulação em 1944, o Le Monde tem amplo alcance mundial e destaca-se por seu viés de centro-esquerda. O artigo marca a primeira publicação internacional de Janja em um grande veículo de imprensa internacional.
Em sua análise, a socióloga relata que acompanhou Lula na Cúpula do G7, realizada no Japão, em maio, e que visitou com o presidente o Memorial da Paz de Hiroshima, erguido em homenagem às vítimas das bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos que deixaram, ao menos, 126 mil pessoas mortas. A partir desta experiência, Janja discorre sobre a falta de participação das mulheres em decisões políticas e afirma que “a guerra é um instrumento para a perpetuação de desigualdades econômicas, sociais, raciais e de gênero”.
Lula e Janja casaram-se em maio de 2022. Durante as eleições do ano passado, a socióloga manifestou sua intenção de “ressignificar” o papel da primeira-dama e participou ativamente da organização de eventos eleitorais do petista. Desde o início do mandato de Lula, ela tem seu próprio gabinete no Palácio do Planalto e atua na promoção da igualdade de gênero e da segurança alimentar.
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