Foto: Pedro França/Agência Senado
Indicado do presidente se defendeu de “rótulos” em sabatina no Senado
Durante sabatina no Senado nesta quarta-feira (21), o advogado Cristiano Zanin expressou contrariedade por ser frequentemente “rotulado” como “advogado pessoal” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também rebateu termos como “advogado de luxo” e “advogado de ofício”, atribuídos a ele.
– Sou advogado. Alguns me rotulam como advogado pessoal, porque lutei contra interesses pessoais, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição. Também me classificam como advogado de luxo, porque defendi, estritamente com base nas leis brasileiras causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. Ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito. Repito sempre que procurei desempenhar minha função lutando com maestria acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do direito: a Justiça – declarou Zanin diante dos senadores.
Indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), Zanin precisa do apoio de 41 dos 81 parlamentares da Casa para chegar à Suprema Corte. Na ocasião de sua sabatina, ele foi questionado sobre a proximidade com o chefe do Executivo e a quebra de impessoalidade que sua indicação representa. Zanin é amigo do petista e o defendeu em processos da Operação Lava Jato.
Em resposta, ele afirmou que não será subordinado ao líder do Planalto, nem a qualquer outra autoridade, senão à Constituição.
– Fiquei muito honrado com a indicação do presidente Lula. Ao longo dos últimos anos, tive a oportunidade de conviver com o presidente Lula e entender a sua visão sobre os papeis institucionais e o papel do magistrado. Acredito que estou aqui indicado pelo fato dele ter conhecido meu trabalho jurídico na advocacia e por ter a certeza de que eu, uma vez nomeado e aprovado, vou me guiar pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja. Um ministro do STF só pode estar subordinado à Constituição – assinalou.
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