Foto: Adriano Machado
O ex-presidente Jair Bolsonaro vai ser julgado nesta quinta-feira, 22, por sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre eles, dois advogados indicados por Lula, depois de um almoço com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes: Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Ambos já pediram o impeachment de Bolsonaro e emitiram pareceres a favor de Dilma Rousseff.
Durante o governo Bolsonaro, em cinco oportunidades Marques viu crimes responsabilidade supostamente cometidos pelo então chefe do Executivo, segundo entrevistas e pedidos de destituição que fez.
Em janeiro de 2021, Marques e outros 1,5 mil ex-alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco assinaram uma petição encaminhada à Câmara dos Deputados pedindo o impeachment. O motivo: a crise provocada pela falta de oxigênio em Manaus, durante a pandemia do novo coronavírus. No fim daquele ano, o advogado voltou a pedir o impeachment de Bolsonaro, desta vez, subscrevendo um novo pedido encabeçado pelo colega de faculdade, Miguel Reale Júnior.
Já Tavares escreveu dois pareceres em benefício do PT. Um considerava ilegal o impeachment contra Dilma, datado de 2015, e outro dizia que Lula podia concorrer à eleição de 2018, apesar de preso e condenado pela Operação Lava Jato. À época, o advogado citou um relatório de um comitê da Organização das Nações Unidas.
Segundo Tavares, não haveria “mais democracia no Brasil pós-1988 em virtude de eventual sucesso na banalização do processo de impeachment, com sua abertura em face da presidente Dilma Rousseff”.
Revista Oeste