Foto: Sergio Lima/AFP.
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), ostenta um patrimônio milionário fora do sistema penitenciário. O criminoso de 54 anos de idade é condenado a 340 de prisão.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), um plano de resgate para tirar Marcola da cadeia teria custado cerca de R$ 60 milhões das reservas do líder do PCC. A operação foi frustrada pelo trabalho da Inteligência das polícias de São Paulo, em parceria com o MP.
Entre os gastos mais notórios estão:
- R$ 60 milhões: utilizados para financiar integrantes do PCC na execução de seu plano de resgate da prisão. O valor ainda teria colaboração não estimada de Alejandro Camacho, irmão de Marcola;
- R$ 5 milhões por semana: a investigação feita pela Inteligência paulista revelou que Marcola tem um faturamento mensal de cerca de R$ 20 milhões, o equivalente a R$ 5 milhões por semana. O dinheiro seria repassado como forma de “pagamento” ao líder com facção e teria sua origem nas ações da quadrilha, como tráfico, contrabando e roubos.
- Mansão de mais de R$ 1 milhão: familiares de Marco Willians Herbas Camacho também foram investigados. A Polícia Civil apurou um suposto esquema de lavagem de dinheiro na compra subfaturada de uma mansão em Alphaville, adquirida por R$ 1,1 milhão. O imóvel é avaliado pelo mercado em R$ 3 milhões.
- R$ 500 mil na conta da esposa: ainda segundo a Polícia Civil, uma conta bancária em nome de uma empresa de Cynthia Giglioli, esposa de Marcola, foi encontrada. Nela, havia mais de R$ 470 mil. Há indícios de lavagem de dinheiro, já que o faturamento da empresa é muito inferior às movimentações realizadas.
A defesa de Marcola nega
Em nota enviada ao portal UOL, o advogado de Marco Willians Herbas Camacho, Bruno Ferullo, afirma que as acusações são improcedentes.
“As declarações são manifestamente improcedentes, de uma verdadeira perseguição desenfreada em desfavor de um ser humano, de um pai de família, que se encontra injustamente preso no mais severo sistema penitenciário do país” afirmou.
“O mínimo exigível para respaldar tais gravíssimas afirmações é que haja substrato probatório, isto é, provas mínimas de que o senhor Marco Willians Herbas Camacho e seus familiares de fato detenham esse fantasioso patrimônio. Não há prova disso, há apenas deduções fracas”, acrescentou.
Créditos: Revista Oeste.