Foto: Câmara dos Deputados
Parlamentar acha a tributação dos produtos femininos alta
A deputada federal (PSB-SP) Tabata Amaral reclamou do machismo nos impostos. Num vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar disse que a falta de mulheres na política é o que permite que os produtos femininos sofram mais tributação que os masculinos.
O vídeo foi publicado no dia 27 de abril no TikTok, mas está sofrendo críticas de pessoas com outras visões políticas no Twitter desde o dia 10 de junho. A advogada carioca filiada ao partido Novo Carol Sponza disse que Tabata “não tem nenhum argumento para sustentar sua falsa visão de mundo” mas que a parlamentar decidiu “passar vergonha mesmo assim”.
Tabata começa o vídeo dizendo que produtos que são tipicamente consumidos por mulheres são “muito mais taxados do que aqueles que são consumidos por homens”. Ela deu três exemplos.
“A bomba de amamentação tem um imposto três vezes maior do que uma bomba para encher um pneu de carro”. O segundo abordado pela parlamentar foi que “absorventes menstruais têm uma taxação equivalente a bens de luxo”. Por fim, ela disse que “anticoncepcionais têm quase o dobro de tributos do que o Viagra”. “Por razão implícita ou explícita, a consequência de você ter poucas mulheres em espaços de poder é que essas questões sequer são debatidas para serem revistas”, finaliza a parlamentar, atribuindo a situação à falta de mais mulheres na política.
Apesar do discurso, Tabata já atuou ativamente contra a presença de mulheres na política. Em 2020, ela apoiou a candidatura do namorado João Campos (PSB) para a Prefeitura do Recife, em detrimento de Marília Arraes. No ano passado, o partido dela apoiou a candidatura à Presidência da República do petista Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo tendo quatro candidatas na disputa: Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB).
Tabata vê “machismo” nos impostos — e acaba sendo criticada
“Quer dizer então que pneu é um produto masculino?”, perguntou o Secretário Executivo de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Filipe Sabará. Um outro usuário comentou: “Que argumentação machista… Minha mulher tem carro. Eu não!”
Revista Oeste