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Portugal inicia hoje o projeto-piloto da semana de trabalho de quatro dias. A iniciativa do governo está planejada para cerca de 40 empresas privadas e mil colaboradores.
O anúncio foi feito no Parlamento pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
Uma parte das companhias já havia antecipado o processo numa primeira fase. Mas 55 empresas não quiseram avançar à segunda fase devido ao incerto cenário econômico mundial. A previsão incluía a participação de 20 mil funcionários.
A maioria das empresas é ligada à informática e consultoria. As demais são dos setores da indústria e comércio, construção, saúde, apoio social e educação.
A experiência da redução do número de horas trabalhadas sem diminuição de salário será avaliada até a última semana de novembro.
As empresas que aderirem voluntariamente, e de maneira reversível, serão verificadas antes, durante e depois do teste. Índices de produtividade, custos, saúde e bem-estar dos trabalhadores serão comparados.
Análises corporativas indicam que os trabalhadores das empresas em Portugal estão estressados. Equipes reduzidas e salários consumidos pela inflação aumentaram o nível de esgotamento nos escritórios.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) garante que Portugal é o terceiro país com maior carga horária semanal.
Apesar de grande parte dos trabalhadores cumprir carga horária acima das oito horas semanais, isso não tem assegurado maior produtividade ou competitividade às empresas.
O Globo