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Penitenciária de Tremembé ficará quase vazia entre a segunda e terceira semana de junho.
A Justiça de São Paulo autorizou a concessão de saída temporária para a maioria dos presos que estão na ala de progressão provisória da Penitenciária 2 de Tremembé, no Vale do Paraíba. Entre os dias 13 e 19 deste mês, um total de 112 dos 122 detentos que cumprem pena em regime semiaberto terão o direito a esse benefício.
Conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal, a saída temporária é concedida aos presos que estão em regime semiaberto, possuem bom comportamento e já cumpriram uma parte da pena, correspondendo a um sexto para primários e um quarto para reincidentes.
Segundo as autoridades carcerárias, dez dos 122 presos não foram beneficiados devido ao não preenchimento dos requisitos para a saída temporária. Oito deles não cumpriram o tempo necessário, um cometeu uma falta disciplinar e outro teve a permissão suspensa.
Em relação ao Estado de São Paulo como um todo, aproximadamente 40 mil presos serão liberados durante esse período de saída temporária. Nas páginas com os dados dos presidiários autorizados a deixar a ala de progressão provisória de Tremembé, constam os nomes de detentos acusados por crimes violentos.
Além disso, a Penitenciária 2 de Tremembé, em São Paulo, é reconhecida popularmente como “unidade VIP”. O apelido é aplicado pelo sistema carcerário abrigar presos com diploma universitário, policiais e ex-policiais, além de detentos condenados por crimes de grande repercussão midiática.
Entre os detentos que serão beneficiados pela saída temporária, destacam-se alguns nomes conhecidos. Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos pelo caso do homicídio de sua filha Isabella, em 2008, é um deles. Sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, também condenada no mesmo processo e que cumpre pena de 27 anos, tem usufruído do regime semiaberto e das saídas temporárias desde 2017. O casal sempre alegou inocência.
Outro detento beneficiado é Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos pelo assassinato dos pais de sua ex-cunhada Suzane von Richthofen, ocorrido em 2002, na cidade de São Paulo.
Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar sua ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, também foi autorizado a sair temporariamente da prisão. Ele foi condenado a 39 anos pelo crime.
A lista de beneficiados inclui ainda o ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, que cumpre pena de 21 anos pelo assassinato de sua ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010.
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