Foto: Instagram/ericpiolle
Éric Piolle, que administra a cidade de Grenoble, quer celebrar datas seculares
O prefeito da cidade francesa de Grenoble, Éric Piolle, propôs substituir feriados religiosos, como Páscoa e Natal, por feriados que celebrem pessoas LGBTs. O político fez o anúncio em 24 de maio, nas redes sociais.
“Eliminemos do nosso calendário republicano as referências a feriados religiosos”, disse Piolle, no Twitter. “Declaremos feriados seculares, que marcam o nosso apego comum à República, às revoluções, à comuna, à abolição da escravatura, aos direitos das mulheres ou das pessoas LGBT.”
Supprimons les références aux fêtes religieuses dans notre calendrier républicain : déclarons fériées les fêtes laïques qui marquent notre attachement commun à la République, aux révolutions, à la Commune, à l'abolition de l'esclavage, aux droits des femmes ou des personnes LGBT. https://t.co/y2hylfwtcW
— Éric Piolle (@EricPiolle) May 24, 2023
Mais cedo, o prefeito havia criticado a medida do ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, de avaliar a taxa de faltas em aulas escolares por causa do fim do Ramadã Islâmico. “Inadmissível”, afirmou. “Os feriados religiosos constituem motivo de falta válido, de acordo com o calendário divulgado anualmente pelo Ministério da Educação Nacional. Esse censo, desejado por Darmanin, é terrível e autoritário.”
As declarações de Piolle não foram bem recebidas pela direita francesa e por internautas. “Vá encontrar outro país para apagar sua história”, disse um usuário do Twitter ao prefeito.
O que pensa o prefeito sobre os feriados LGBTs?
“Esse wokismo que quer apagar tudo ignora nossa história e nossa identidade”, disse Marine Chiaberto, vice-presidente do partido de direita Reconquête. “É hora de desconstruir os desconstrutores!”
Não é a primeira vez que Piolle dá preferência aos LGBTs e a outros movimentos sociais. Em junho de 2021, Piolle deu as boas-vindas ao “mês decolonial” em sua cidade — um comício “antirracista”, onde o homem branco estava no banco dos réus.
Durante as primárias de seu partido, o Verdes, Piolle disse ter sido “educado, reeducado, desconstruído e reconstruído pelas lutas feministas” e que tinha vergonha dos seus “privilégios” como um homem branco heterossexual.
Revista Oeste