A corporação tem essa atribuição desde 1º de janeiro, mas perdeu o posto para o GSI
A Polícia Federal (PF) já gastou quase R$ 10 milhões em diárias e passagens de integrantes da segurança de Luiz Inácio Lula da Silva e de seus familiares.
A corporação tem essa atribuição desde 1º de janeiro, quando foi criada a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata (Sesp). Atualmente, o efetivo é de 250 a 300 agentes, entre integrantes da PF e da Força Nacional.
Segundo a corporação, foram gastos com diárias R$ 5,6 milhões de 1º de janeiro a 30 de abril. Já nos meses de maio e junho, há apenas uma estimativa de execução de R$ 3,6 milhões. Além disso, foram pagos aproximadamente R$ 540 mil em passagens aéreas neste período.
Como foi criada de forma extraordinária, não havia previsão no orçamento para a Sesp e os gastos com diárias dos policiais e passagens eram custeados pela PF.
Segurança agora é do GSI
A PF perdeu a coordenação da segurança presidencial para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Na quarta-feira 28, o presidente Lula bateu o martelo e encerrou a disputa reconduzindo a chefia da segurança ao GSI.
A decisão é uma derrota do ministro da Justiça, Flávio Dino, e de Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, que tentavam manter a corporação no comando da segurança pessoal do presidente.
Segundo o governo, embora a coordenação fique com o GSI, o sistema será híbrido, com a participação de militares e policiais federais.
Atrelada ao gabinete presidencial, a Sesp se ocupava apenas da segurança imediata do chefe do Executivo, do vice Geraldo Alckmin e de seus familiares. Os outros dois círculos de proteção, a aproximada e afastada, continuam a cargo do GSI.
A imediata é a segurança pessoal. Na aproximada, militares atuam próximos ao mandatário em eventos e viagens, além de estabelecer parâmetros para emergências.
Já a afastada é composta pelos responsáveis por varreduras e vigilância ostensiva em locais de eventos, com auxílio de outras forças de segurança.