Foto: Exame
Nesta segunda-feira, 12, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deu início ao maior exercício de manobra aérea de sua história. Ao todo, participam do evento 250 aeronaves e 10 mil soldados de 25 países-membros. A ação se estende até 23 de junho e tem a Alemanha como centro logístico.
A manobra simula um ataque a países-membros da aliança. Em razão do treinamento, haverá bloqueios temporários para a aviação civil em três zonas do espaço aéreo alemão: no litoral norte e nas regiões leste e sudeste do país.
Esses bloqueios mostram a importância do exercício, porque as áreas em questão são usadas pela aviação civil em todo o mundo. O impacto dessa medida ainda é incerto, visto que as autoridades dos países não descartam atrasos e cancelamentos de voos.
“Estamos mostrando que o território da Otan é a nossa linha vermelha, que estamos preparados para defender cada centímetro deste território”, afirmou o tenente-general Ingo Gerhartz, inspetor da Força Aérea Alemã e mais alto piloto na hierarquia militar, durante evento em Berlim.
A Otan deve promover treinamento operacional e tático durante o exercício. Isso deve ocorrer na Alemanha, na República Tcheca, na Estônia e na Letônia.
“A manobra será de natureza puramente defensiva, mas também buscará enviar uma mensagem, em particular à Rússia”, disse a embaixadora dos Estados Unidos em Berlim, Amy Gutmann. “Ficaria muito surpresa se algum líder mundial não percebesse o que isso mostra, em termos de espírito dessa aliança. O que significa a força dessa aliança, e isso inclui o senhor Vladimir Putin.”
Revista Oeste