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‘A política monetária tem que ser móvel, ela não tem que ser fixa e eterna’, afirmou o petista
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quinta-feira (29) que o Brasil não precisa de uma meta de inflação “tão rígida”. De acordo com ele, o país precisa de uma política monetária móvel e uma meta que seja possível de alcançar.
O alongamento das metas de inflação será um dos temas discutidos na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que acontece nesta quinta.
“Eu não quero influir na decisão do Conselho Monetário Nacional. Eles sabem o que fazer, sabem como tem que decidir. Eu fui presidente e participei de muitas decisões dessas. E eu lembro que em 2005 as pessoas queriam reduzir a meta da inflação para 3% e nós discutimos de não reduzir para 3%, pois senão ficava muito difícil a gente alcançar o cumprimento da meta”, afirmou o petista.
“É por isso que a gente aprovou no meu governo 4,5% com uma banda para mais 2 (pontos percentuais) e para menos 2, e era o que o Brasil precisava naquela época. Eu não sei qual a decisão do Conselho Monetário. Eles vão tomar a decisão. O que eu acho, o que eu penso como cidadão brasileiro, é que o Brasil não precisa ter uma meta de inflação tão rígida, como estão querendo impor agora, sem alcançar”, acrescentou Lula na entrevista.
“A gente tem que ter uma meta que a gente alcance. Alcançou aquela meta a gente pode reduzir e fazer mais um degrau, descer mais um degrau. […] É para isso que a política monetária tem que ser móvel, ela não tem que ser fixa e eterna. Tem que ter sensibilidade em função da realidade da economia, das aspirações da sociedade”, completou o petista.
Gazeta Brasil