A jornalista Sandra Annenberg aderiu à linguagem neutra. Em uma postagem no Instagram, ela escreveu todes, para homenagear a comunidade LGBT+. “Estamos juntes”, encerrou.
Os seguidores de Sandra Annenberg não perdoaram. “Uma jornalista formada com anos de televisão falando todes, é o cúmulo do absurdo”, escreveu uma mulher. “Desserviço a um país com milhões de analfabetos”, publicou outra. “Como pode uma profissional que trabalhou por décadas na rede Globo se submeter a esse tipo de coisa, ainda mais nas redes sociais”, criticou outra seguidora de Sandra Annenberg, sobre a linguagem neutra.
Cíntia Chagas, professora de português, se manifestou sobre o episódio, no Instagram. “Juntes e unides pela destruição da língua portuguesa e pelo fim do jornalismo”, disse. “Que vergonha, que falta de compostura, que retrocesso. Não por acaso, a imprensa tradicional goza, cada vez menos, do prestígio da população.”
Em entrevista à Revista Oeste, Cíntia disse que a linguagem neutra empobrece o português. Segundo a docente, o dialeto discrimina pessoas. “A linguagem neutra exclui 43 milhões de disléxicos no Brasil”, constatou. “Impõe-se mais uma barreira a um público que já sofre com dificuldades de aprendizagem”, disse Cíntia. “Além disso, a linguagem neutra exclui uma maioria gritante, que é contra essa aberração linguística.”
Revista Oeste