Foto: Flamengo
O volante Thiago Maia, do Flamengo, foi à Justiça contra um banco e uma loja de carros pela compra de uma Mercedes-Benz avaliada em R$ 4,3 milhões.
O jogador comprou o carro em janeiro, mas foi surpreendido no mês passado pela notícia de que o veículo sofreu uma restrição de penhora e circulação. Thiago Maia alega ter descoberto que a Mercedes tinha por trás uma ação criminal por estelionato, o que motivou o jogador a procurar seus direitos na Justiça.
À coluna, o staff de Maia apontou que ele é vítima no caso, por ter comprado um carro que não havia sido pago pela loja. O atleta disse à Justiça que tentou desfazer o negócio, mas os donos do local protelaram a resolução do conflito até que encerraram as atividades do estabelecimento e não atenderam mais aos telefonemas ou e-mails enviados.
Meses após adquirir o veículo, o jogador foi procurado por um homem alegando ser o proprietário do carro. Segundo ele, havia deixado a Mercedes na loja em dezembro em consignação para ser comercializada e não recebeu o valor, além de não reconhecer a firma do certificado de registro de venda em favor de Thiago.
Ele acusa a loja de tê-lo enganado, falsificado o negócio e praticado fraude, além de ter cometido o crime de sonegação fiscal e enriquecido ilicitamente às suas custas.
O volante do Flamengo pagou R$ 4,3 milhões no carro, dando como pagamento uma Dodge Challenger, uma BMW X6 e mais R$ 1,7 milhão financiados com a financeira Aymoré.
Thiago alega que o banco possui responsabilidade objetiva no incidente por ter feito o financiamento em bem que foi adquirido de boa-fé.
O jogador diz que o Aymoré aprovou o crédito da transação e realizou o pagamento do financiamento sem o recibo de venda do veículo devidamente assinado pelo vendedor e concomitantemente pelo comprador, além de não solicitar o laudo cautelar obrigatório.
“Não foi apresentado a nota fiscal de venda em favor de Thiago Maia, bem como a Aymoré pagou o financiamento de forma irregular, prejudicando a vida do jogador”, alegam os advogados do volante.
A revenda não foi registrada no Detran, ainda segundo Thiago, razão pelo qual o veículo continuou registrado como de propriedade do dono anterior. A loja seria credenciada pelo Aymoré no quesito financiamentos.
Thiago Maia pede restituição dos valores pagos no carro, mais danos morais e abertura de inquérito policial por sonegação fiscal contra a loja.
Segundo informou o UOL, o jogador pediu pela tramitação do processo em segredo de Justiça, o que foi negado em um primeiro momento pela Justiça. O tribunal, por outro lado, concedeu uma liminar para determinar a suspensão dos débitos de financiamento, além do que o banco deve se abster de colocar Thiago Maia com o nome negativado.
Como o local fechou as portas, a coluna não conseguiu contatos com o estabelecimento. O Aymoré, por sua vez, faz parte do Santander, que foi procurado pela coluna. A financeira entrou em contato e informou que ainda não foi citada no processo.
GE