Foto: Reprodução/Redes Sociais
Seguidores acreditavam que encontrariam Jesus Cristo
No Quênia, país localizado no leste africano, uma seita que fez centenas de pessoas jejuarem para “encontrar Jesus Cristo” foi responsável por 303 mortes. Autoridades locais informaram, na terça-feira 13, que o número pode crescer significativamente.
No total, mais de 600 pessoas ainda estão desaparecidas. Esse número aumentou, depois de 19 corpos serem exumados em valas na floresta de Shakahola, no sudeste do Quênia. Houve uma expansão nas buscas, para cobrir uma área maior daquele território. Em abril, dezenas de corpos foram encontrados no mesmo local.
Cerca de 65 fiéis da seita foram acusados de tentativa de suicídio — visto que participaram do jejum — e homicídio. No Quênia, a tentativa de tirar a própria vida é crime cabível de multa e pode resultar em detenção de até dois anos. As vítimas se recusaram a comer entre 6 e 10 de junho, durante a permanência em um centro de acolhimento e resgate.
A seita é liderada pelo pastor Paul Mackenzie Nthenge, um ex-taxista que, depois de “ouvir o chamado do Senhor”, decidiu tornar-se pastor, em 2003.
Além do “jejum mortal” no Quênia
Na África, Mackenzie é líder e pastor da Igreja Internacional das Boas Novas, entidade que conta com mais de 3 mil membros. O caso ficou conhecido nas redes sociais em abril, quando autoridades encontraram diversos corpos, a maioria crianças, enterrados na floresta de Shakahola.
Mackenzie levou seus seguidores à morte por inanição depois de um longo jejum. Ele instruía os fiéis a não se alimentarem, para que pudessem “entrar no céu”. O início do jejum foi em 15 de abril, data que, de acordo com o pastor, o mundo acabaria.
O líder da seita já havia sido preso no começo do ano, sob suspeita de ter matado duas crianças por sufocamento e fome. Mas foi solto logo depois. Atualmente, está preso sob acusação de fazer “lavagem cerebral” nos cidadãos.
Revista Oeste