Sobre uma batida de rap melódico, a voz aguda de The Weeknd versa sobre sua ex-namorada Selena Gomez, com insinuações de que ela o teria traído durante o relacionamento. Ele recebe o apoio de outro astro igualmente poderoso, Drake, que aparece reforçando as indiretas.
Seria o feat dos sonhos, com potencial para liderar paradas globais, mas virou um pesadelo para gigantes da indústria musical. O problema é que nem The Weeknd, nem Drake participaram da gravação da faixa “Heart on my sleeve”, postada em abril na internet por um usuário que se identifica apenas como Ghostwriter.
A música, tocada mais de 10 milhões de vezes no TikTok antes de sumir da plataforma, foi feita com inteligência artificial. A tecnologia conseguiu simular as vozes dos dois artistas, a partir de padrões identificados em outros registros vocais deles disponíveis on-line.
Não ficou perfeito, nem perto disso. A gravação tem baixa qualidade, vibração estranha e vocais com falhas. Parece uma demo pirata. Mesmo assim, ela conseguiu despertar algum sentimento especial nas pessoas: se tornou o primeiro hit viral gerado por algoritmo, o que incomodou a Universal Music, gravadora de Weeknd.
G1