O perfil oficial do Governo Federal do Brasil postou uma ironia no Instagram após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficar inelegível em razão de uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O que aconteceu:
A postagem divulgava o anúncio da Petrobras, que reduziu o preço da gasolina para as distribuidoras e também no gás de cozinha a partir de amanhã. A publicação ocorreu após o anúncio da decisão da Corte Eleitoral.
“Sextou só com notícia boa”, escreveu o governo na legenda.
A frase “Grande dia [com um emoji de “joinha”]” aparece na imagem que ilustra a publicação.
A frase com o emoji costuma ser usada por Bolsonaro nas redes sociais para comemorar diversas situações, inclusive contra opositores. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a primeira vez que o político usou a frase ocorreu quando o ex-deputado federal Jean Wyllys anunciou a saída do país em razão de ameaças, em janeiro de 2019.
O detalhe na postagem não passou despercebido pelos internautas. Apoiadores do governo comentaram elogiando a publicação nas redes do governo. “Eu amo esse social media do Governo Federal”, escreveu uma pessoa. “Eu amo o deboche”, comentou um segundo. “Olha o deboche kkkk Amei! Faz mais”, disse outra.
Foto: Reprodução/Instagram/Governo do Brasil.
Não é a primeira indireta do governo
Em maio, o Governo Federal fez uma publicação incentivando a regularização de vacinas para quem vai viajar ao exterior. A publicação do governo foi vista como deboche nas redes sociais por ser feita após operação de busca e apreensão contra Bolsonaro por suposta fraude de dados sobre vacinação contra a covid-19. À época, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro rebateu a publicação.
“E aí, tudo joia?.” Já em março, o governo Lula, em postagem por meio das redes oficiais da Secretaria de Comunicação Social do Planalto, ironizou o escândalo das joias milionárias sauditas que envolve o ex-presidente e a ex-primeira-dama.
A decisão do TSE
O TSE tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, a contar das eleições de 2022. O placar ficou em 5 a 2 contra o ex-mandatário — os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo foram contra a inelegibilidade.
Bolsonaro é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível após a redemocratização. É ainda o primeiro condenado pelo TSE, que formou maioria entre os ministros com essa decisão.
A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT e julgada pelo TSE. Os ministros entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. Ele perdeu o pleito para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente fica inelegível por oito anos e, se não houver recursos favoráveis, só voltará a poder disputar uma eleição em 2030.
Créditos: UOL.