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Revoltada com fala de ministro, corporação não aceita ficar subordinada a militares do GSI
A Polícia Federal resiste a compor com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) na equipe de segurança presidencial. A corporação se recusa a integrar o grupo se não estiver à frente das tarefas.
Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou, por meio de decreto, a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, com a coordenação da PF. A medida, porém, vence em junho. Se não for renovada, o GSI reassume a função.
O SBT News apurou que a cúpula da corporação julga como “ultrapassada” a afirmação do chefe da pasta. O general Marcos Antonio Amaro defende que a proteção de Lula precisa de um comando único.
Além disso, uma declaração dada pelo militar ao jornal digital Poder360 causou revolta na PF.
“Caso isso aconteça [a PF saia da segurança], não gerará problema nenhum para nós. É de bom grado e aceitamos muito bem a permanência daqueles que puderem e quiserem permanecer de acordo com a legislação própria da Polícia Federal. Não há problema nenhum na permanência. Temos total interesse até em receber. Não permanecendo, não traz nenhum problema na continuidade”, disse Amaro na entrevista.
A declaração foi avaliada como “desrespeitosa, arrogante, desleal e falaciosa” por uma fonte da cúpula da PF ouvida pelo SBT News.