Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Ministro negou que a investigação tivesse motivação política
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que só ficou sabendo da Operação Hefesto, da Polícia Federal (PF), depois de seu início. Ele fez a declaração nesta terça-feira, 6, em entrevista à GloboNews. A investigação mira aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Dino negou que a operação tivesse motivação política. “Não se trata de avisar o presidente da República — a não ser que tenha uma circunstância”, afirmou. “Já tínhamos marcado uma reunião. Acho esquisito alguém imaginar que eu tenha algum contato com ministro André Mendonça. Não houve nenhum tipo de orientação política para que as ações envolvendo Arthur Lira andassem mais rápido ou mais devagar.”
Ex-assessor de Lira foi alvo da operação
A investigação da PF apura um suposto esquema de desvio em contratos de kits de robótica. As compras teriam sido pagas com o dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e com verba de emendas do relator.
A suspeita é que Cavalcante e sua mulher possam ter recebido benefícios de valores desviados dos contratos. Todas as aquisições foram assinadas pela mesma empresa, que pertence a aliados de Lira.
Os agentes encontraram maços de notas de R$ 50 e R$ 100 num cofre. Dentro dele, havia ainda duas cartelas de Cialis — um remédio para impotência sexual. Os policiais também encontraram dinheiro em espécie numa mala.