Foto: Reprodução
A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa com 4 kg de cocaína na Indonésia, foi condenada a 11 anos de prisão por tráfico de drogas. O anúncio da sentença ocorreu nesta quinta-feira (8/6), na última etapa do julgamento, que teve início em abril. A defesa da jovem classifica a decisão como um “milagre”, já que ela escapou da pena de morte.
Representante da família da jovem no Brasil, o advogado Davi Lira da Silva afirmou que, além de ter sido condenada a prisão, Manuela deverá pagar multa de mais de 1 bilhão de rúpias indonésias – valor equivalente a cerca de R$ 300 mil. O profissional, porém, acredita que ela deve cumprir entre 6 e 7 anos de prisão.
“A defesa se sente feliz. O termo usado por mim e outros defensores é ‘milagre’. A Indonésia é super-rígida. Nesta semana, um brasileiro pegou 30 chibatadas por estar bêbado na rua”, pontua o advogado.
Ainda segundo Silva, inicialmente ela cumprirá a pena em regime fechado, mas a defesa espera que ela diminua em até oito anos, progredindo de regime neste intervalo. A brasileira, no entanto, não poderá cumprir a condenação no Brasil.
Nas redes sociais, a jovem comemorou a decisão. Em uma publicação ela disse que “sempre soube que ia dar certo”.
“Entrei pelo celular do advogado. Obrigada Deus por tudo, tu sabes o que é melhor para mim. A todos que desejaram meu bem e oraram ao meu respeito, sempre soube que ia dar tudo certo, pois meu Deus é quem luta por mim! Gratidão, nunca esquecerei quem não me abandonou, amo vocês”, escreveu.
A jovem vivia em Santa Catarina junto com a mãe, onde vendia perfumes e lingeries. Além disso, ela também tinha residência no Pará, onde o pai mora.
Manuela teria embarcado para a Indonésia em um aeroporto de Santa Catarina, mas a data e a cidade do voo não foram divulgadas. Ela, ainda, teria feito uma escala no Catar antes de chegar no país asiático. Segundo a defesa, a prisão ocorreu entre 31 de dezembro e 1º de janeiro, quando a droga foi encontrada em uma das bagagens dela.
Em 27 de janeiro, ela foi indiciada por tráfico de drogas. O advogado alega que a jovem foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que teria prometido férias e aulas de surfe no país asiático e, com isso, ela foi usada como “mula” para o transporte da droga.
Durante uma das audiências do processo, em 30 de maio, Manuela teria pedido desculpas às autoridades da Indonésia por “ofender o país”. Segundo o advogado, a mensagem foi uma orientação da própria defesa.
Entre as possibilidades de condenação estava a de prisão perpétua ou pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia.
NSC Total