Foto: Sérgio Lima
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrará, nesta quinta (22), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidente Lula (PT) explique as afirmações que fez atribuindo a ele a propriedade de uma mansão milionária nos Estados Unidos.
Bolsonaro protocolará a ação no mesmo dia em que oTribunal Superior Eleitoral (TSE) abre o julgamento que pode torná-lo inelegível.
Em maio, durante evento em Salvador, o petista sugeriu que um imóvel milionário pertencente à família do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, na verdade poderia ser de Bolsonaro.
“Acabaram de descobrir uma casa de US$ 8 milhões do… Como é que chama ele? Do ajudante de ordens do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordens. Certamente, é para o paladino da discórdia, o paladino da ignorância, o paladino do negacionismo”, disse Lula, na ocasião.
Na ação, Bolsonaro pede que Lula esclareça o que pretendeu ao dizer a frase acima, a quais pessoas físicas ele se referiu, e quais são as provas e fundamentos para o petista afirmar que o imóvel teria alguma relação com o ex-presidente.
O documento é assinado pelos advogados Paulo Cunha, Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação,
Saulo Lopes Segall, Thais de Vasconcelos Guimarães, Daniel Bettamio Tesser, Clayton Edson Soares e Bianca Capalbo Gonçalves de Lima.
Os representantes de Bolsonaro argumentam no processo que o dono da mansão é Daniel Cid, irmão de Mauro Cid. Eles dizem também que a residência foi adquirida por US$ 1,7 milhão (R$ 8,1 milhões), e não US$ 8 milhões.