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Simão, um bebê de 6 meses, foi deixado numa creche em Loures, mas após um incidente acabou por morrer. Ministério Público já abriu um inquérito, mas até ao momento ainda não se sabe o que levou à morte desta criança.
Um bebê de 6 meses morreu depois de um incidente numa creche em Loures, em Lisboa. O caso remonta a 14 de abril e até agora ainda não se sabe as razões que levaram à morte desta criança. O Ministério Público já iniciou uma investigação por suspeitas de homicídio por negligência e está a aguardar os resultados da autópsia médico legal.
De acordo com a CNN Portugal, Simão, o bebê de 6 meses, foi deixado na creche, tendo feito a sua rotina normalmente. As complicações começaram depois de ter sido colocado a dormir a sesta, após o almoço, tendo sido necessário chamar a emergência médica. O estado da criança não foi verificado durante 40 minutos.
Assim que chegou ao local, o INEM deparou-se com o bebé de 6 meses em paragem cardiorrespiratória há vários minutos, assim como tinha também as vias respiratórias obstruídas com vómito.
Graça Soares, diretora da creche “Rei na Barriga”, garantiu que naquele estabelecimento nunca ninguém saí de uma sala onde estão crianças a dormir. Contudo, ficaram durante 30 minutos sozinhas a trabalhar.
Segundo os elementos que socorreram a criança, Simão terá tido um ataque de tosse, que o levou a vomitar, tendo depois aspirado o próprio vómito. Estes profissionais acrescentam ainda que o bebê não foi assistido de imediato, o que casou a obstrução das vias respiratórias.
O pai, Marco Reis, também acredita nesta hipótese. “A nossa ideia é que ele vomitou, engasgou-se e teve para aí uns 20 minutos sem ser detetado e quando o finalmente o viram, tentaram resolver a situação, e depois à última da hora tiveram de chamar a ambulância”, referiu o homem em entrevista à CNN Portugal.
A criança, depois de ter sido assistida na creche, foi levada para o hospital Santa Maria. Contudo, apenas uma hora e meia depois da ambulância ter sido acionada, é que os pais do bebê terão sido informados do estado de Simão.
“Nós tivemos uma reunião com duas ou três médicas que, basicamente, disseram que já não havia nada a fazer quando o Simão chegou ao hospital. Já estava em morte cerebral”, contou Marco Reis, pai do bebé de 6 meses.
Devido à não existência de outras doenças e nunca ter realizado uma cirurgia, o Ministério Público ficou encarregue do caso e está a investigar a possível pratica de um homicídio por negligência. “Confirmam-se a existência de um inquérito em investigação no DIAP de Loures. Aguardam-se os resultados da autópsia médico legal”, mencionou a Procuradoria-Geral da República à CNN Portugal.
A obtenção dos resultados de uma autópsia deste género pode demorar até três meses, podendo ser conhecido no próximo mês de julho, o que dará respostas ao que levou à morte deste bebê.