Foto: Reprodução/Twitter/@renatajbarreto.
Ambientalistas causaram danos permanentes na estátua histórica Lacoonte, no Vaticano, depois de se prenderem com uma cola no pedestal da obra. Os ativistas Guido Viero e Ester Goffi foram os responsáveis pelo ato, que ocorreu em 2022, e condenados pela Justiça do Vaticano recentemente.
Com os danos causados à estátua, a Justiça condenou a dupla a nove meses de prisão em liberdade condicional e também ao pagamento de uma multa de € 30 mil (quase R$ 160 mil). Laura Zorzini, que filmou o ato, recebeu uma multa de 120 euros (R$ 629).
A estátua danificada teria sido esculpida no século I a.C. Descoberta em Roma, em 1506, a obra histórica mostra um sacerdote troiano e os filhos em meio a um ataque de serpentes marinhas.
Em plena crise energética, dois ativistas da organização “Ultima Generazione” colaram suas mãos em uma das esculturas mais valiosas do Museu do Vaticano. Eles pedem pelo fim do petróleo, do gás e da emissão de carbono. pic.twitter.com/0RNETtzBk7
— Renata Barreto (@renatajbarreto) August 21, 2022
Ambientalistas provavelmente sabiam dos danos à estátua histórica
A advogada Floriana Gigli, do Estado do Vaticano, afirma que os condenados causaram “danos inestimáveis” a um item artístico e cultural da História. Ela alegou que os ambientalistas estavam cientes de que o ato poderia causar danos permanentes. Mesmo assim, optaram por colar as mãos na base da obra, e não na parte superior.
Durante uma audiência anterior à condenação, a dupla negou a intenção de causar danos à estátua. Ester alegou que usava um solvente durante o ato, mas diz que as autoridades do Vaticano usaram uma substância, com acetona como base, para descolá-los.
Os ambientalistas afirmam que a acusação sobre o vandalismo contra a estátua do Vaticano é “desproporcional e absurda”. “O Vaticano, uma das últimas monarquias absolutistas do mundo, mostra toda a sua hipocrisia com este veredito”, disseram os ambientalistas.
Créditos: Revista Oeste..