Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Acredita-se que ministro foi informado sobre a periculosidade dos atos de 8 de janeiro
Deputados e senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reivindicam a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para depor na CPMI que trata sobre os atos radicais de 8 de janeiro, no Distrito Federal. O requerimento para convocação do magistrado já foi protocolado na comissão, mas não há previsão para votação.
Estes parlamentares querem perguntar a Moraes questões inerentes aos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência que, um dia antes dos atos extremistas, alarmaram para o risco de “ocupação de prédios públicos” e “ações violentas”. Além do GSI, estes alertas acerca do grau de periculosidade também foram enviados para membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo presidente é Alexandre de Moraes.
Existe um grupo de WhatsApp chamado “CIISP/DF Manifestações” que reúne membros do TSE e STF, onde teria sido enviado os referidos comunicados de segurança da Abin. Resta saber quem eram os integrantes dos tribunais que compunham o grupo, cuja sigla significa “Célula Integrada de Inteligência de Segurança Pública”.
A CPMI quer saber até onde vai o conhecimento prévio de Moraes ante aos atos radicais que assolaram o Distrito Federal, em 8 de janeiro. Até pela posição privilegiada do ministro como relator do inquérito das milícias digitais e dos atos antidemocráticos, acredita-se que Alexandre de Moraes estava ciente dos riscos inerentes ao famigerado 8 de janeiro.
O presidente do TSE não tem qualquer obrigação em depor na CPMI. Acreditando na negativa do magistrado em comparecer por espontânea vontade, já se cogita converter o convite em convocação, onde há obrigatoriedade no comparecimento.
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