Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu uma baita bola fora em sua última decisão sobre Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Ao impor novas sanções ao tenente-coronel – preso desde maio sob suspeita de ter fraudado cartões de vacinação -, o magistrado errou na mão.
Alexandre de Moraes estranhou a “excessiva quantidade” de pessoas se encontrando com o militar, pediu a lista dos visitantes e descobriu que mais de 70 pessoas foram à sua “cela”.
Como mostrou VEJA, entre elas… estavam “ilustres” que, assim como Mauro Cid, eram do círculo mais próximo de Bolsonaro – a exemplo do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e do ex-vice-presidente Hamilton Mourão.
Sim, gera estranheza. Ainda mais quando envolve o Exército.
Mauro Cid está preso em um batalhão em Brasília e, sabemos, transparência não é, digamos assim, o forte da força armada.
O quartel garante que ninguém entrou sem registro, mas se há um lugar em que isso poderia acontecer é num batalhão.
Ocorre que Alexandre de Moraes pesou demais a caneta e proibiu até que os pais de Mauro Cid o visitassem. Aí não.
A Alta Cúpula do Exército, ainda segundo VEJA, precisou negociar com o ministro para que os pais pudessem visitá-lo.
Mesmo sendo filho do general Mauro Lorena Cid, colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras na década de 1970, o tenente-coronel tem esse direito. E fim de papo.
PS – Todas as outras pessoas terão de pedir uma autorização prévia ao ministro, que passará a controlar o entra e sai do quartel.
Créditos: Matheus Leitão para VEJA.