Foto: Luis Macedo
Aos 72 anos de idade, Luiz Carlos Hauly deve voltar à Câmara dos Deputados. Filiado ao Podemos desde o ano passado, ele não conseguiu se eleger no pleito de 2022, mas pode acabar beneficiado diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de terça-feira 16 cassou o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Ao julgar o caso de Dallagnol, que foi o candidato a deputado federal mais bem votado no Paraná, a Justiça Eleitoral determinou que os votos que ele recebeu devem ser divididos dentro do Podemos. Como foi o segundo mais bem votado do partido na disputa pelas cadeiras paranaenses na Câmara, Hauly ficará com a vaga — ao menos enquanto o ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba tentar reverter a decisão do TSE.
Para Hauly, o parecer judicial representará seu retorno ao Congresso Nacional. Ele já desempenhou sete mandatos como deputado federal pelo Paraná. A atuação dele na Casa legislativa se deu de forma consecutiva, exercendo o cargo de 1991 a 2009. Ou seja, ele foi eleito parlamentar em:
- 1990;
- 1994;
- 1998;
- 2002;
- 2006;
- 2010; e
- 2014.
Em boa parte do período em que foi deputado federal, Hauly fez parte do PSDB. Foi um político “tucano” de 1995 a 2022, quando resolveu ir para o Podemos, partido que havia abrigado o ex-procurador da República Deltan Dallagnol.
Antes de seguir trajetória no PSDB, Hauly fez parte do MDB/PMDB por mais de duas décadas. O político foi emedebista de 1972 até o início de 1993. Entre o MDB e o tucanato, ele teve rápida passagem pelo PP, legenda ao qual foi filiado de 1993 a 1995.
Revista Oeste