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À “Veja”, ex-presidente afirmou que não há registro de conversas ilícitas envolvendo dinheiro; PF analisa aparelhos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que mensagens suas trocadas com seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, contêm “segredos de Estado” e palavrões em “linguagem de zap”, em referência ao aplicativo de mensagens WhatsApp. Porém, afirmou que não há registro de conversas ilícitas envolvendo dinheiro entre os 2.
“Quando se fala em comprometedor, as pessoas pensam logo em dinheiro, em alguma coisa ilícita. Zero, zero. Isso não vai ter. Agora, tem troca de ‘zaps’, em linguagem de ‘zap’, tem palavrão. Há certamente conversas que envolvem segredos de Estado. Vazar isso, como tem sido feito, é muito grave”, disse Bolsonaro em entrevista à revista Veja divulgada nesta 6ª feira (19.mai.2023).
Na 5ª feira (18.mai), Mauro Cid prestou novo depoimento à PF(Polícia Federal). Ele se manteve em silêncio na audiência, que durou cerca de 40 minutos. O tenente-coronel está preso desde 3 de maio por suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes de dados de vacina contra a covid-19.
A PF realiza a perícia nos telefones de Bolsonaro e de Mauro Cido desde que os aparelhos foram apreendidos no cumprimento da operação Venire. Conforme apurou o Poder360, o aparelho do ex-presidente já estava desbloqueado.
Também na 5ª feira (18.mai), Bolsonaro disse que seu ex-ajudante de ordens foi um “excelente oficial”, mas que não havia conversado com desde a prisão. “Peço a Deus que ele não tenha errado”, afirmou depois de visita ao gabinete do filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Não tenho conversado com ele. [A investigação] está em segredo de justiça. É ele com o advogado dele. Foi um excelente oficial do Exército Brasileiro e jovem. Peço a Deus que ele não tenha errado”, declarou Bolsonaro.
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