Foto: Reprodução/Hora Brasília.
O aumento da desocupação no 1º trimestre de 2023 foi puxada pelos mais jovens. A taxa de desemprego entre os que estão na faixa etária de 18 a 24 anos subiu para 18% no 1º trimestre de 2023, aumento de 1,6 ponto percentual em comparação com o 4º trimestre de 2022.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 5ª feira (18.mai.2023). Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) trimestral.
A taxa de desemprego entre os jovens de 18 e 24 anos terminou 2022 em 16,4%. Caiu 8,3 pontos percentuais em comparação com o fim de 2021.
A taxa de desocupação média no país foi de 8,8% no 1º trimestre deste ano. Aumentou 0,9 p.p. em relação ao 4º trimestre de 2022 (7,9%) e caiu 2,4 p.p. em comparação com o mesmo trimestre do ano passado (11,1%).
O desemprego aumentou entre todas as faixas etárias de janeiro a março em relação a outubro a dezembro. A maior alta foi entre os jovens de 14 a 17 anos: a taxa passou de 29% para 33,1%.
A taxa de desemprego entre pessoas de 25 a 39 anos aumentou de 7,1% no 4º trimestre de 2022 para 8,2% no 1º trimestre deste ano.
Leia o resumo do aumento da taxa de desemprego entre as faixas etárias (do 4º trimestre de 2022 ao 1º trimestre de 2023):
- de 14 a 17 anos: passou de 29% para 33,1%;
- de 18 a 24 anos: de 16,4% para 18%;
- de 25 a 39 anos: de 7,1% a 8,2%;
- de 40 a 59 anos: de 5,3% a 5,6%;
- 60 anos ou mais: de 3,4% a 3,9%.
POR SEXO
A taxa de desocupação entre as mulheres subiu de 9,8% no 4º trimestre para 10,8% no 1º trimestre deste ano. O índice passou de 6,5% para 7,2% entre os homens no mesmo período.
COR DA PELE
A alta da taxa de desemprego no 1º trimestre em relação ao 4º trimestre foi maior entre os pretos. Saiu de 9,9% para 11,3%, um crescimento de 1,4 ponto percentual. Passou de 9,2% para 10,1% (+0,9 p.p.) entre os pardos.
A desocupação também aumentou entre os brancos: de 6,2% para 6,8% no período
POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO
A taxa de desemprego subiu em 16 unidades da Federação do 4º trimestre de 2022 ao 1º trimestre de 2023. As maiores taxas foram da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%) registram os menores índices.
RENDA
O rendimento mensal médio do 1º trimestre foi de R$ 2.880. Ficou estatisticamente estável em relação ao 4º trimestre (R$ 2.861). Cresceu em comparação com o 1º trimestre de 2022, quando era R$ 2.682.
GOVERNO CULPA
O BC O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a taxa de desemprego está menor que há 1 ano. Defendeu que o governo está num processo de desaceleração há 3 anos provocado pela taxa básica de juros, a Selic, alta.
“As taxas de juros subiram no Brasil, a 13,75%. Nós vamos completar quase 1 ano já. […] Nós estamos falando de quase 1 ano de uma taxa real de juros bastante expressiva. Então é natural que a economia sofra uma desaceleração”, disse.
Créditos: Poder 360.