foto: Pedro França | Agência Senado
Senadora afirma que sua propriedade rural foi invadida; MST nega envolvimento no episódio.
Um grupo de cerca de 20 pessoas tentou invadir a fazenda da senadora Tereza Cristina (PP-MS) neste último domingo (30). A propriedade fica localizada no município de Terenos (MS), a 30 quilômetros da capital Campo Grande.
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) foi acionada e os invasores deixaram o interior da fazenda, mas ainda estavam acampados nas proximidades da região até a última atualização desta reportagem.
“Um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina. […] Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar”, diz a nota divulgada pela assessoria da ex-ministra da Agricultura.
A fazenda pertence à família da congressista. Ela e outros quatro irmãos administram a propriedade — cuja divisão está em fase de inventário após a morte da mãe da família, Maria Manoelita.
A senadora sul-mato-grossense busca identificar os responsáveis para tomar as medidas judiciais cabíveis contra a invasão. A propriedade tem 1.300 hectares e é totalmente produtiva.
O ato ocorreu em meio ao chamado “Abril Vermelho”, no qual grupos sem-terra invadem propriedades rurais em todo o Brasil para “honrar a memória” de um massacre ocorrido em 1996 contra militantes de esquerda.
Em nota, o MST garantiu que “não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora”. O movimento declara que não foi feita nenhuma ação de “ocupação de terra” no estado de Mato Grosso do Sul ao longo do último mês.
Nas redes sociais, políticos conservadores, como a deputada federal Bia Kicis (PL-SP) e os ex-ministros Rogério Marinho (PL-RN) e Marcelo Queiroga prestaram solidariedade à colega e associaram o episódio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem proximidade com os sem-terra.
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