Foto: Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O nome da parlamentar é o primeiro governista a ser oficializado
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) será indicada para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Conforme apurou Oeste, o nome da parlamentar é o primeiro governista a ser oficializado. O Psol vai ter uma vaga titular e uma vaga na suplência.
A parlamentar pretende debater na CPI o uso de defensivos agrícolas que, segundo ela, são vetados em diversas partes do mundo e que “levam venenos causadores de diversas doenças para a população brasileira, como câncer”.
“Também pretendo investigar a existência de trabalho escravo em diversos latifúndios brasileiros, bem como o processo ilegal de apropriação de terras depois de grilagem e conluio com o poder público local”, disse a deputada. “Além disso, muitos produtores do agronegócio foram parte do financiamento do ‘golpismo’ no Brasil. Então é fundamental que todos eles sejam inquiridos e investigados pela CPI.”
Sâmia ainda deve ter como foco defender o MST no colegiado. Na semana passada, Oeste divulgou algumas das indicações que o PL pretende fazer para a CPI do MST — o partido vai ter cinco cadeiras titulares e cinco suplentes:
- Caroline de Toni (SC);
- Delegado Éder Mauro (PA);
- Domingos Sávio (MG);
- Capitão Alden (BA);
- Marcos Pollon;
- Rodolfo Nogueira.
Conforme a reportagem já havia antecipado, o relator da comissão também deve ser do PL: o deputado federal Ricardo Salles (SP). Já o presidente deve ser o deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS).
Mesmo que não integre o PL, Zucco é oposição ao governo do presidente Lula. Se o relator e o presidente forem da oposição, o vice-presidente tende a ser alguém da base governista.
A CPI do MST será composta de 27 deputados titulares e 27 suplentes. Os líderes partidários já podem indicar os integrantes do colegiado. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pretende instalar a comissão nesta semana.
Revista Oeste