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A Polícia Federal abriu mais um inquérito contra Anderson Torres. O foco é apurar se o ex-ministro da Justiça cometeu maus tratos em relação às aves que criava em sua casa, em Brasília. A investigação é sigilosa e tramita na Coordenação-Geral de Assuntos Internos, já que Torres é delegado da PF.
O inquérito decorre de uma ação feita no mês passado na residência de Torres, quando cerca de 50 gaiolas com aves foram apreendidas. Na ocasião, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) resgataram pássaros silvestres criados pelo ex-ministro.
Na primeira ação fiscalizatória na casa de Torres, em fevereiro, o Ibama informou que, durante a operação, foram verificadas cerca de 60 aves mantidas no criadouro, sendo que uma delas tinha a pata mutilada. O caso está sendo investigado pela PF. Na ocasião, o ex-ministro foi multado em R$ 54 mil por irregularidades apontadas pelas autoridades ambientais.
Quando houve a operação, a defesa de Torres afirmou que ele não cometeu maus tratos em relação aos animais e que não havia irregularidades na criação.
Torres responde a outros inquéritos na PF relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro e a ações da Polícia Rodoviária Federal na eleição do ano passado. O ex-ministro ficou preso cerca de quatro meses até ser solto, com uso de tornozeleira, por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).