Foto: Ueslei Marcelino/Reuters.
O governo Lula conseguiu sufocar a CPMI do 8 de Janeiro com a prestimosa colaboração do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas deu bobeira na CPI do MST instalada nesta quarta (17) na Câmara. Sob relatoria do deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, as investigações iniciam pelos Estados vítimas de quase 50 invasões criminosas de terras, sob o apoio velado e até explícito do presidente Lula e do seu governo.
Estados na berlinda
Ricardo Salles disse à coluna que a CPI começa investigando invasões criminosas nos Estados, alinhada com as secretarias de Segurança.
Flerte com o crime
Apoiar o crime e não agir para combatê-lo, como manda a lei, pode render, na CPI, o indiciamento de Lula por crime de responsabilidade.
De novo impeachment
O presidente sabe que o enquadramento em crime de responsabilidade é porta aberta para abertura de processo de impeachment.
Apoio claro ao delito
Lula homenageou as invasões criminosas levando o chefão do MST, João Pedro Stédile, em sua comitiva oficial à China. Foi batom na cueca.
Câmara terá última palavra sobre Deltan Dallagnol
A Mesa Diretora da Câmara ainda não se decidiu sobre o que fazer com o deputado cassado Deltan Dallagnol (Pode-PR). Qualquer movimento só ocorrerá após a Mesa ser notificada pelo TSE, quando a sentença transitar em julgado. Até agora, oficialmente, o caso sequer existe na Câmara. Parlamentares ligados a Deltan pressionam o presidente Arthur Lira a salvar o ex-coordenador da Lava Jato, mas isso dependerá da mobilização contra a violência. Mas até os aliados estão céticos.
Caminhos
Notificada, a Câmara passa o processo para a corregedoria da Casa, que emite um parecer e envia para análise da Mesa Diretora.
Só tapinha nas costas
Deputados que estiveram com Deltan contaram à coluna que “há sentimento de insatisfação, mas sem ação concreta” para salvar Deltan.
Ex-deputado
Mais rápida que a tramitação, Dallagnol já consta no sistema do TSE como “não eleito”. Mas no site a Câmara continua deputado.
Poder sem Pudor
Bicho solto
Ao ser corrigida quando chamou o deputado João Leão (PL-BA) de “João Leitão”, a então ex-juíza e deputada Denise Frossard (PPS-RJ) se explicou: “Nunca tive intimidade com bichos…” Foi ela, como juíza, quem meteu na cadeia os bicheiros mais perigosos e influentes do Rio.
Democracia sob risco
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, está entre os líderes partidários mais indignados com a chocante cassação do deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR): “Nossa democracia vive, certamente, seu pior momento”.
Alegação fake
Em seu discurso, ontem, Dallagnol desmontou o pretexto do TSE para sua cassação: não havia processo disciplinar aberto contra ele. Portanto, acusá-lo de demitir-se para “escapar da investigação” é fake news.
Sem processo
A ex-procuradora e deputada Bia Kicis (PL-DF) confirma: não existia processo administrativo contra Deltan Dallagnol à época da candidatura, lorota usada para jogar no lixo os votos de 344 mil eleitores do deputado.
Repeteco campinense
Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta (17) prevê repeteco da disputa eleitoral de 2020 no ano que vem, em Campinas (SP). Dario Saadi (Rep) e Rafa Zimbaldi (Cid), ex-PL, serão os principais nomes da disputa.
Frase do dia
“Até quando os maus seguirão se gabando dos seus crimes?”
Deltan Dallagnol, o mais recente alvo da vingança por seu enfrentamento à corrupção
Brasil bizarro
Segundo o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), “soltaram os criminosos das prisões” e agora “estes estão prendendo os guardas.” Pior: tudo chancelado pela Justiça e apoiado pela imprensa”.
Perseguição política
Para o deputado Kim Kataguiri (DEM_SP), a cassação de Deltan Dallagnol “não tem outro nome: é perseguição política”. “É o poste mijando no cachorro”, disse.
Ressaca
Um dia após a Petrobras anunciar mudanças na política de preços da petroleira, o mercado reagiu. Com a falta de clareza sobre como essa mudança se dará, as ações caíram e fecharam em baixa de 2,43%.
Realpolitiks
Presidente em exercício pela enésima vez em 5 meses, Geraldo Alckmin fez questão de sair na foto com Danilo Forte (União-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O governo não aguenta mais derrotas.
Créditos: Diário do Poder.