Imagem: Rodrigo Paiva/Folhapress.
Abril foi o mês recorde de paralisações de fábricas de automotores neste ano. Ao todo, nove empresas suspenderam temporariamente as atividades. Só neste ano, ao menos 13 empresas já enfrentaram paralisações.
As atividades de todas as montadoras já foram retomadas, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). No entanto, há novas paralisações marcada para os próximos dias pelo país.
Quais empresas paralisaram?
GM, em São José dos Campos (SP)
GM, em Gravataí (RS)
Hyundai, em Piracicaba (SP)
Stellantis, em Goiana (PE)
Volkswagen, em Taubaté (SP)
Volkswagen, em São Carlos (SP)
Volkswagen, em São José dos Pinhais (PR)
Volkswagen, São Bernado do Campo (SP)
Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP)
Mercedes-Benz, em Juiz de Fora (MG)
Iveco, em Sete Lagoas (MG)
DAF, em Ponta Grossa (PR)
Volvo, em Curitiba (PR)
Nesses três primeiros meses (…) tivemos algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022. A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda” (Márcio de Lima Leite, Presidente da Anfavea)
Abril teve produção menor que ano anterior. Segundo a Anfavea, o total de unidades produzidas foi 3,9% menor que o ano anterior. Além disso, houve uma queda para as exportações durante o mês.
Outras empresas também devem parar nos próximos meses. A fabricante de caminhões Scania já anunciou que, a partir do dia 10 de julho, colocará 3 mil trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) em férias coletivas, enquanto 4,5 mil serão impactados por paradas programadas, em ajuste de produção devido à desaceleração do mercado.
Entenda as paralisações
Muitas vezes anunciadas como “férias coletivas”, as empresas justificam as paralisações como falta de semicondutores, mas há um consenso de que a verdadeira razão é a alta de estoques.
As montadoras confiavam em desempenho melhor com a normalização no fornecimento de componentes eletrônicos, já que nos últimos dois anos não conseguiram entregar uma oferta maior porque faltou peça.
No entanto, o mercado apresenta um cenário de grandes endividamentos de consumidores, além de uma desaceleração econômica e elevação nos preços dos automóveis nos últimos anos.
Créditos: UOL / *Com informações da Agência Estado e Reuters.