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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, ficou em silêncio em seu depoimento à Polícia Federal,mas abriu mão do sigilo fiscal da sua conta bancária em Miami, nos Estados Unidos. O gesto é uma tentativa de dar um sinal de cooperação aos investigadores. A oitiva tinha como foco o esquema de fraude em cartões de vacinação dele, de seus familiares e de Bolsonaro.
O militar passou a ser investigado também pelo crime de lavagem de dinheiro e sua conta no exterior é um dos principais elementos em apuração. Como informou a coluna, no cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Cid, no início do mês, a PF encontrou US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie guardados em um cofre.
Segundo as investigações, os valores teriam sido sacados pelo ex-ajudante de ordens de sua conta em Miami, em março.
O retorno do militar com o montante teria acontecido um dia antes de o ex-presidente Bolsonaro voltar ao Brasil, após passar uma temporada de três meses em Orlando, nos Estados Unidos.
A expectativa de Bolsonaro e seu entorno era a de que Cid assumisse a culpa pelas fraudes no cartão de vacina, o que não aconteceu.
Procurada, a defesa de Cid reafirmou que por respeito ao Supremo Tribunal Federal só fará manifestações nos autos do processo.
O Globo