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Nesta sexta-feira (26), a ministra do Meio Ambiente se reuniu com o presidente Lula, ministros, líderes parlamentares e Sonia Guajajara, também vítima do esvaziamento de atribuições em seu ministério, provocado por relatório aprovado no Congresso.
No encontro, a ambientalista revelou ter sido indagada algumas vezes sobre uma possível saída da pasta, mas afirmou que vai ficar e “resistir” às afrontas promovidas pelo Congresso.
Quem abriu a reunião foi o ministro Alexandre Padilha, da Articulação Política, fazendo uma comparação entre seu atual trabalho e a atividade laboral pretérita, quando atuava na Amazônia. Ele relatou que quando era necessário adentrar a mata fechada, seu objetivo maior era “sair vivo”, mas que poderia sofrer uma ferroada de arraia.
Marina aproveitou o gancho e declarou que no seu sentimento, as políticas ambientais levaram mesmo uma “ferrada de arraia”, mas que seguiria no cargo, resistindo às pressões. Ela reconheceu os desafios oriundos da trama política e os interesses adversos que permeiam o Congresso, mas não disfarçou a contrariedade ante ao derretimento de suas atribuições no comando da pasta.
O governo já reconhece que existe no parlamento um amplo grupo de enfrentamento a diversos pontos das políticas ambientais patrocinadas por Marina e companhia, e teme a votação do projeto que prevê o marco temporal como regulador para a delimitação de novas áreas indígenas.
Em discurso de unidade, Lula advertiu que não se torne públicas as divergências internas do governo, já que isso contribuiria ainda mais para reforçar o estigma de uma gestão desarticulada e ineficiente. Sem citar Marina nominalmente, o petista salientou que foi pego de surpresa no Japão com o embargo do Ibama sobre o licenciamento para exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.
E concluiu reafirmando seu compromisso com a versão original do texto da MP, mesmo adiantando as remotas possibilidades de conversão.
Créditos: Pleno News.