Foto: Lincon Zarbietti / O Tempo
Ministra do Meio Ambiente, porém, reconheceu que situação junto ao Congresso é delicada
A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, afirmou que irá permanecer no governo Luiz Inácio Lula da Silva após o pacote de derrotas que sofreu nesta semana no Congresso.
“A melhor forma de ajudar o governo é estando dentro do governo para viabilizar as políticas de combate ao desmatamento, desenvolvimento sustentável; temos 19 ministérios com agenda do clima, bioeconomia”, disse, em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (26).
Segundo a ministra, é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quem define quem fica e quem sai do governo.
Nesta semana, ao alterar a Medida Provisória (MP) da reestruturação dos ministérios, o Congresso retirou do guarda-chuva do Ministério do Meio Ambiente o Cadastro Ambiental Rural (CAR), base de dados de imóveis rurais usada para controle do desmatamento. A atribuição iria para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
O relatório ainda propõe transferir a demarcação de terras indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, como previa originalmente a MP, para o Ministério da Justiça.
No mesmo dia, a Câmara dos Deputados aprovou um dispositivo que torna mais frouxa a Lei da Mata Atlântica, que combate o desmatamento no bioma, e o regime de urgência para acelerar a votação de um projeto que dificulta a demarcação de terras indígenas.
“Infelizmente, temos uma situação delicada no Congresso Nacional, em que há uma maioria de parlamentares que gostariam de reeditar a estrutura e políticas do governo anterior, e o governo está lutando muito fortemente para manter o seu programa, aquilo que foi a decisão soberana da sociedade”, disse Marina.
A articulação política do Panalto tenta reverter as alterações na MP após as reações negativas de Marina Silva e da ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, além de setores da sociedade que apoiam o governo Lula.
A articulação política do Panalto tenta reverter as alterações na MP após as reações negativas de Marina Silva e da ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, além de setores da sociedade que apoiam o governo Lula.
O Tempo