Foto: Roque Sá
A Lei das Estatais segue em vigor, apesar de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski ter derrubado algumas de suas restrições. A ex-senadora Kátia Abreu, por exemplo, não pôde assumir a vice-presidência de Agronegócio do Banco do Brasil, por ter um filho em cargo executivo — ela é mãe do senador Irajá Abreu (PSD-TO). Isso não quer dizer que ela vai ficar sem assento em Brasília.
O Globo informa que o governo Lulaprometeu à ex-ministra da Agricultura uma cadeira no conselho de administração da JBS, na vaga ocupada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) de Aloizio Mercadante — que só conseguiu assumir o banco após a liberação de Lewandowski. Lá, acredita-se que pode ”dar certo”.
Ironicamente, Joesley Batista, um dos donos da JBS, tentou barrar a indicação de Kátia para o ministério da Agricultura de Dilma, no fim de 2014. A então senadora fazia críticas públicas à empresa, reverberando receios dos pecuaristas com a concentração de mercado nas mãos dos irmãos Batista. À época, quem mediou a questão foi Mercadante, então na Casa Civil.
O Antagonista