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O lateral Denner Barbosa afirmou em diálogos descobertos pela Operação Penalidade Máxima que já fazia parte de um esquema de manipulação
As investigações da Operação Penalidade Máxima em torno da manipulação de resultados no futebol brasileiro revelaram que um jogador recebia uma quantia mensal para aliciar jogadores para fazerem parte do esquema criminoso. Segundo documentos revelados pelo portal ge, o lateral Denner Barbosa, que atuava pelo Operário-MT, embolsava R$ 5 mil para convencer outros jogadores.
A revelação ocorreu em uma troca de mensagens de Denner com Bruno Lopez, apontado pelo Ministério Público de Goiás como o chefe do esquema. Ele está preso. Na troca de mensagens, o jogador afirma que era pago mesmo quando não havia nenhuma aposta prevista.
“Ele me dá 5 conto mensal mesmo se for mês que não tem operação”, explicou o lateral.
Em fevereiro deste ano, Barbosa e Lopez conversaram para que houvesse manipulação em duas partidas. Neste diálogo, o jogador enfatiza que já trabalhava para um outro grupo. A defesa do lateral, no entanto, afirma que ele apenas fingiu fazer parte para que Lopez lhe pagasse uma dívida antiga.
Neste diálogo interceptado pelas investigações, os dois acertam a manipulação na quantidade de escanteios na partida entre Luverdense e Operário, pelo Campeonato Mato-Grossense, e uma derrota no primeiro tempo do Goiânia diante do Goiás, no Campeonato Goiano.
Aos 29 anos, Denner Barbosa foi revelado pelo Corinthians em 2012. Sem conseguir se firmar na equipe principal, passou a ser emprestado e acumulou passagens por times como Atlético-GO, Bragantino, além de equipes de Boa Esporte-MG, Penapolense-SP, Cascavel-PR, Portuguesa, São Bento e até mesmo o Farmalicão, de Portugal.
Até o momento, a Operação Penalidade Máxima já denunciou 15 jogadores.
Metrópoles