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O número de idosos inadimplentes aumentou 34,7%, entre abril de 2023 e o mesmo mês do ano passado no Brasil. No mesmo período, ele avançou 12,9% na média da população. Na faixa etária de 41 a 60 anos, o total de pessoas endividadas cresceu 15,9%. Entre 26 e 40 anos, a elevação foi de 4,6%, e até 25 anos, de 2,3%. Ou seja, o crescimento da inadimplência entre os mais velhos foi maior do que o dobro da média nacional e 15 vezes superior em relação aos mais jovens.
Em abril, as maiores dívidas dos idosos eram com contas básicas de água, luz e gás, com 39,7% do total. Bancos e cartões ficaram em segundo lugar, com 26,7%. Na sequência, vieram financeiras e leasing, 9,2%, varejo, 8,2%, e telecomunicações, 6,6%.
Os números fazem parte de um levantamento realizado pela Serasa Experian. Na avaliação da companhia, um dos fatores que contribuiu para o destaque desse grupo no ranking é o maior acesso de aposentados a linhas de crédito consignado. Eles, contudo, não conseguem pagar as dívidas.
“Em momentos de crise, como na recessão de 2015 e na pandemia, normalmente os idosos acabam sendo solicitados a contribuir com o orçamento dos parentes mais jovens que perderam renda”, diz Luiz Rabi, economista da empresa.
Em números absolutos, os idosos não representam a maior fatia dos inadimplentes. Entre 71,4 milhões de brasileiros que estavam nessa condição em abril, eles somavam 12,8 milhões (ou 17,9% do total). O grupo, porém, cresceu 3,3 milhões nos últimos quatro anos.
Créditos: Metrópoles.