Foto: Reprodução/Ted Eytan/Right To Education
A governadora do Alabama, Kay Ivey, disse que ‘se trata de justiça pura e simples’
Kay Ivey, governadora republicana do Alabama, nos Estados Unidos, assinou um projeto de lei que proíbe “mulheres trans” em times esportivos de mulheres nas universidades públicas. Ela anunciou a medida na terça-feira 30.
A restrição recai inclusive sobre as transexuais que estão em tratamento hormonal avançado. A governadora disse que a nova lei é mais um passo para “proteger as atletas femininas em todos os níveis e defender a integridade do atletismo”.
Os defensores do projeto alegam que as “mulheres trans” têm uma vantagem injusta na competição. Já os que se opõem à nova lei alegam que o objetivo dela é envergonhar os transexuais. Além disso, afirmam que o projeto nada mais é do que uma discriminação na política.
“Veja, se você é um homem biológico, não irá competir em esportes de meninas e mulheres no Alabama”, rebateu a governadora republicana. “Trata-se de justiça pura e simples.”
Alabama já tinha lei proibindo trans nos times femininos escolares
Em 2021, a governadora sancionou uma lei que proíbe “meninas transexuais” nos times de garotas das escolas do Alabama. A legislação, que não interfere em esportes mistos, obrigou os atletas trans a participarem apenas dos esportes com base no gênero que lhes foi atribuído ao nascer: ou seja, quem é menino biológico compete nos times masculinos, assim como as meninas biológicas podem competir apenas nos femininos.
O Alabama não é o único. Pelo menos 20 Estados norte-americanos aprovaram legislações semelhantes e vetaram transexuais de times femininos escolares. Neste ano, mais de 450 projetos de lei contrários aos interesses das pessoas transgênero foram apresentados nas legislaturas estaduais nos Estados Unidos, segundo informações da organização American Civil Liberties Union.
A Câmara dos Estados Unidos, de maioria republicana, também aprovou um projeto que proíbe mulheres e meninas transexuais de participarem de competições de esportes femininos em escolas e nas demais instituições de educação que possuem financiamento federal.
Mas o projeto não deve avançar, já que o Senado dos EUA é formado em sua maioria pelo Partido Democrata. O presidente Joe Biden, por exemplo, não iria sancionar a lei caso ela chegasse à sua mesa, conforme declaração da própria Casa Branca.
Revista Oeste