Matheus Veloso/Metrópoles
Joaquim Roriz Neto (PL) criticava encontro entre Lula e Maduro quando pediu bafômetro em presidente “antes de começar a falar à imprensa”
Um deputado distrital do PL sugeriu, em discurso na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma lei que obrigasse o presidente da República a passar por bafômetro. A fala aconteceu na tarde desta terça-feira (30/5), quando Joaquim Roriz Neto (PL) criticava o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
“Quem dera se existisse um projeto de lei federal para presidente ter que fazer bafômetro antes de começar a falar em microfone à imprensa. O Brasil ia se safar de muita vergonha que ele está passando. Peço desculpas pelo meu desabafo”, declarou Joaquim Roriz Neto.
A polêmica da visita de Maduro ao Brasil tomou conta do debate da Câmara Legislativa nesta terça. Entre assuntos relacionados ao DF e críticas e apoios ao governo federal, os deputados subiram o tom. Veja momentos de discussão:
“A gente vai fazer mais quantos empréstimos para a Venezuela, para a gente ficar ainda mais endividado? Para os projetos não irem para frente, os servidores não terem aumento, o Brasil não ter estrutura? A gente precisa que o dinheiro fique no Brasil, para dar valor ao povo do Brasil”, questionou Joaquim Roriz Neto.
O petista Gabriel Magno citou uma “hipocrisia” da direita com as críticas. “Às vezes é muito engraçado como o bolsonarismo se comporta. Foi dito aqui que é um absurdo defender ditadura. Mas nenhum dos 10 presidentes que estão no Brasil hoje vieram dar jóias fruto de propina de quem vendeu o patrimônio nacional. Falaram aqui de tráfico de drogas, mas se calam do avião de maconha da senadora da República.”
Magno fez referência ao avião apreendido em Belém (PA) com 290 kg de skunk (maconha potencializada), que pertence à Igreja Quadrangular do Pará, no último sábado (27/5). O líder espiritual da igreja e secretário executivo é tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).