Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Kim Kataguiri disse que as nomeações ‘violam princípios de moralidade administrativa’
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) ajuizou ações populares contra a presença de mulheres de três ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e duas de governadores nos Tribunais de Contas Estaduais(TCEs). A medida é desta sexta-feira, 26.
Os processos pretendem impugnar as nomeações. Um dos alvos é Rejane Dias, mulher do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Ela assumiu o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí com salário de R$ 37,5 mil.
Renata Calheiros, mulher do ministro de Transportes, Renan Filho, tornou-se conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas e recebe cerca de R$ 35 mil. Já Marília Góes, mulher do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, assumiu uma vaga no Tribunal de Contas do Amapá.
Para Kim Kataguiri, as nomeações “violam princípios de moralidade administrativa”
O deputado pediu também que o cargo de Daniela Barbalho no Tribunal de Contas do Pará seja anulado. Ela é a primeira-dama do Pará, mulher do governador Helder Barbalho. A nomeação dela chegou a ser anulada por um juiz do Tribunal de Justiça do Estado, mas a decisão acabou suspensa.
Kataguiri também pede a anulação da nomeação de Simone Souza, mulher do governador Antonio Denarium. Ela ocupou o cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Roraima. “Definitivamente, essas nomeações violam princípios da moralidade administrativa e probidade”, disse o deputado.
Entre os 232 conselheiros de Tribunais de Contas Estaduais, 30% são parentes de políticos. Vários deles têm parentesco direto, sendo cônjuges, irmãos e sobrinhos de políticos.
Revista Oeste