Foto: Sérgio Lima
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do ministro da Casa Civil, Rui Costa, a liberação de recursos prometidos para deputados e senadores. Costa queria segurar parte do espólio do orçamento secreto, agora sob comando dos ministérios, para que o dinheiro fosse repassado prioritariamente à nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ser lançada neste mês. Trata-se de um montante de R$ 10 bilhões.
Na prática, o chefe da Casa Civil desejava que o grosso dos recursos remanejados para os ministérios, após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o fim do orçamento secreto, fosse destinado a obras e investimentos do governo, e não a emendas. Lula, porém, disse que não dá para comprar briga com o Congresso, muito menos agora, às vésperas do envio da proposta da nova âncora fiscal.
Além do levantamento da execução orçamentária, o presidente também pediu a Costa e ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, um relatório sobre pendências que faltam ser resolvidas para nomear indicados de partidos aliados em cargos do primeiro e segundo escalões. Disse que quer ver os dados antes das reuniões previstas para esta semana entre ministros do PSB, PSD, MDB e União Brasil – partidos que votaram contra a orientação do Planaltona análise do Marco do Saneamento – e dirigentes das legendas.
Estadão