Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Os servidores envolvidos podem receber penas administrativas
A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez a primeira reunião para investigar a atuação de agentes da corporação em ações realizadas durante o segundo turno das eleições do ano passado. A comissão da corregedoria pretende ouvir o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, que deve ser intimado a dar explicações mesmo depois do órgão conceder aposentadoria a ele.
O grupo também deve trabalhar para reunir documentos, além de realizar oitivas de outros agentes envolvidos na operação de 30 de outubro. A primeira reunião para definir a agenda de trabalho foi realizada na sexta-feira 12.
A investigação apura a suposta interferência política no planejamento das ações da PRF nas ações do segundo turno das eleições de 2022. Se a atual corregedoria encontrar irregularidades na condução da operação nos Estados ou na administração central, os servidores envolvidos receberão administrativas.
As penas variam de suspensão à demissão. No caso do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, a aposentadoria pode ser cancelada.
Reabertura de investigação com trocas na PRF
A investigação foi reaberta no mês passado, depois da destituição do ex-corregedor Wendel Matos, suspeito de agir de maneira parcial. A primeira apuração, conduzida por ele, foi encerrada sem encontrar provas. A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou falhas na condução da investigação, que foi reaberta em abril pela nova direção da PRF.
O prazo para apresentação do relatório final é de 60 dias e pode ser prorrogado por mais 60.
Revista Oeste