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Yoenlis Hernández, boxeador cubano de 25 anos, desertou depois de se tornar campeão mundial na categoria até 75 quilogramas. A competição ocorreu em Tashkent, no Uzbequistão.
O atleta deixou sua equipe e se recusou a voltar para Cuba. Na terça-feira 16, a associação do esporte informou a sobre deserção do boxeador cubano.
“Durante o retorno à pátria, em uma escala no Panamá, o bicampeão mundial se recusou a continuar a viagem a Havana, o que implica sua ruptura com a seleção nacional”, informou um comunicado da Federação Cubana de Boxe. O órgão do país comunista ainda declarou que a atitude do atleta é uma “indisciplina grave”.
A luta que deu a ele o segundo título mundial ocorreu no sábado 13. No combate, o atleta de Cuba venceu o boxeador brasileiro Wanderley Pereira, que ficou com a prata.
“Cresci como atleta, incorporando mais recursos e aproveitando a experiência acumulada desde que cheguei à seleção nacional”, declarou Hernández à imprensa local, depois da vitória no Uzbequistão.
A ditadura cubana
Cuba é comandada por uma ditadura comunista há mais de seis décadas. O regime teve início quando Fidel Castro tomou o poder em 1959. Ele permaneceu no comando do país até 2008, quando o ditador deu lugar a seu irmão Raúl Castro.
O irmão de Fidel deixou o comando do sistema apenas em 2018. Atualmente, Miguel Díaz-Canel dá sequência ao regime implantado pela família Castro.
O regime resultou em crises econômicas, fazendo com que muitos de seus moradores abandoassem a ilha. No esporte de alto rendimento, a deserção do boxeador cubano não é uma novidade.
Revista Oeste