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A tragédia ocorrida na última segunda-feira (27/3), na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, levantou um alerta sobre a segurança e a saúde mental dos alunos brasileiros, além de reascender o debate de questões como bullying, discurso de ódio e armamento.
Estudo do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que o caso está longe de ser isolado. Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou, pelo menos, 23 ataques cometidos em escolas por estudantes ou ex-estudantes, entre 10 e 25 anos.
Destes, nove, ou seja, cerca de 40% ocorreram entre o segundo semestre de 2022 e março deste ano. Um estudo global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em 2019, aponta o Brasil como líder mundial quando se trata de violência contra professores.
O Metrópoles conversou com especialistas e entidades governamentais para entender a escalada da violência escolar no Brasil e o que tem sido feito para lidar com a situação.
Na avaliação de Danielle Tsuchida, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Sou da Paz, a escalada de casos nos últimos meses é reflexo do aumento do isolamento social de crianças e adolescentes, uma consequência da pandemia
“Para parte dos jovens, a internet se tornou a única possibilidade de convívio. E sabemos que, nessa terra sem lei, os usuários mais novos ficam expostos a inúmeras possibilidades de violação de direitos, pouco ou nada monitoradas. Temas como intolerância à diversidade e culto às armas são frequentes”, pontua Tsuchida.
Créditos: Metrópoles.