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Os Estados Unidos e o planeta voltam as atenções, hoje, para Nova York. Pela primeira vez na história, um ex-presidente norte-americano estará sentado diante do juiz para escutar as acusações que pesam contra ele. Donald Trump, 76 anos, será fichado, fotografado de frente e de lado, e terá as impressões digitais colhidas. Também hoje, o mundo tomará conhecimento dos crimes supostamente cometidos por aquele que foi o homem mais poderoso do mundo entre 2017 e 2021.
A imprensa dos EUA antecipou que Trump responderá na Justiça por 34 acusações associadas ao pagamento de propina para uma ex-atriz pornô, em 2016, pouco antes da campanha presidencial. O magnata republicano teria repassado US$ 130 mil (cerca de R$ 420 mil à época) a Stormy Daniels, 44, para silenciá-la sobre uma relação extraconjugal quando Barron, filho caçula de Trump, tinha acabado de nascer.
O ex-presidente desembarcou em Nova York, na tarde de ontem, e seguiu para a Trump Tower, onde pernoitou. A ex-primeira-dama Melania ficou na mansão do casal, em Mar-a-Lago, na Flórida. Trump deixou-se fotografar e chegou a acenar para jornalistas, ao entrar pela porta da frente do próprio arranha-céu, na 5ª Avenida, por volta das 16h15 (17h15 em Brasília). De acordo com a rede de TV CNN, ele se encontrou, no local, com os advogados Joe Tacopina e Susan Necheles.
Simpatizantes começaram a se reunir diante do prédio e em outros pontos, como a sede da Promotoria do Distrito de Manhattan e o Tribunal Penal de Nova York. A metrópole vive um clima de tensão, com a segurança reforçada. O prefeito Eric Adams advertiu contra a presença de “alguns agitadores” e pediu aos simpatizantes de Trump para que se “controlem”. “Enquanto estiverem na cidade, comportem-se bem”, aconselhou.
Pouco antes de seu avião particular decolar da Flórida, Trump utilizou a Truth Social, rede criada por ele próprio, para atacar o indiciamento e inflamar os seguidores. “Caça às bruxas. Nosso outrora grande país está indo para o inferno!”, escreveu.
Correio Braziliense