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O Vietnã investigará as operações do TikTok no país a partir de maio, já que o conteúdo “tóxico” na plataforma de vídeos curtos “representa uma ameaça à juventude, cultura e tradição do país”, disse o Ministério da Informação nesta quinta-feira (6).
Moderar o conteúdo no popular aplicativo de propriedade chinesa foi “muito mais difícil” do que em outras plataformas, disse o representante do ministério Le Quang Tu Do em entrevista coletiva, sem fornecer detalhes.
“Precisaremos de medidas mais duras para combater esse conteúdo, apenas a remoção não é suficiente”, disse Do, sem dar detalhes.
O aplicativo, de propriedade da ByteDance, tem quase 50 milhões de usuários no Vietnã com 18 anos ou mais, disse o governo, citando dados da empresa de pesquisa DataReportal.
A plataforma removeu 1,7 milhão de vídeos a pedido do governo vietnamita no quarto trimestre do ano passado, por serem considerados uma violação das políticas do governo, segundo dados da empresa.
“TikTok, Facebook e YouTube são mídias sociais transfronteiriças com padrões internacionais. Mas, ao operar no Vietnã, a plataforma precisa cumprir os regulamentos locais sobre conteúdo e obrigações fiscais”, disse Do em comunicado no início desta semana, acrescentando que o TikTok recentemente permitiu conteúdo “tóxico, ofensivo, falso e supersticioso” em sua plataforma.
TikTok é a única plataforma sendo investigada porque é a única com escritórios locais, disse o ministério.
A empresa disse em fevereiro que foi informada pela Autoridade de Radiodifusão e Informações Eletrônicas que uma delegação do governo visitará seus escritórios no Vietnã no segundo trimestre.
“Esta é uma atividade de inspeção interdisciplinar planejada pelo governo e de acordo com a lei do Vietnã para empresas que operam no Vietnã, não apenas para a TikTok”, disse o TikTok Vietnã em um e-mail.
Em comunicado à Reuters na quinta-feira, o TikTok Vietnã também disse que atualizou suas diretrizes, que devem entrar em vigor em 21 de abril, para ser mais transparente sobre suas regras e como as aplica.
CNN