Foto: Mateus Bonomi/AGIF / Reuters
Enquanto trabalhava em estatal, socióloga recebia salário de R$ 17 mil
Janja da Silva, primeira-dama do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocupa uma posição estratégica no governo federal, principalmente no que diz respeito à imagem do marido e às articulações ministeriais. Muitos se perguntam se Janja ocupa um “cargo” oficial e se recebe salário para exercer suas funções.
A esposa de Lula é militante do Partido dos Trabalhadores (PT) desde a década de 1980 e participou ativamente da campanha do presidente na última corrida presidencial. Além disso, ela é responsável por fazer articulações importantes e é bem ativa nas redes sociais.
Com a vitória de Lula, Janja assumiu o Gabinete de Assuntos Estratégicos em Políticas Públicas, função antes ocupada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo desse gabinete é trabalhar de forma transversal com ministérios, órgãos ligados ao poder Executivo e representantes da sociedade civil.
Apesar de suas contribuições, o cargo de “primeira-dama” não tem uma função formal prevista na Constituição Federal, porque não é possível dar uma função pública para alguém que não foi eleito pela população. Por isso, ela não tem direito a receber salário.
No entanto, ela pode receber pagamentos particulares caso assuma funções em instituições ou entidades.
Antes da vida pública, em 2019, a socióloga com MBA em gestão social e desenvolvimento sustentável era funcionária da estatal Itaipu Binacional, com um salário de R$ 17,5 mil.
