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Na tarde desta sexta-feira (28), o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, publicou que no seu perfil do twitter: “Estamos vivendo momentos muitos graves no Congresso Nacional, de casuísmos e manobras que me deixam indignado. Agora, querem impedir o dep. André Fernandes (PL/CE) de presidir ou integrar uma CPMI que nasceu de um requerimento dele”.
É uma praxe dentro do Congresso Nacional o autor de um requerimento da CPI ter o direito de presidir ou ser relator da comissão. Desta vez estão atropelando o costume de ambas casas na tentativa de ignorar a posição que cabe a André Fernandes, autor do pedido de CPMI do 8 de janeiro. O governo tenta tirar o protagonismo de André Fernandes e integrantes do time de Lula já o atacam publicamente, como é o caso do deputado federal Lindbergh Farias e do senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Senado, que nessa semana disseram que Fernandes não poderia integrar a CPMI por estar sendo investigado no STF por supostamente ter incentivado os atos do 8 de janeiro. Lindbergh chegou inclusive a dizer que Fernandes participaria da CPMI como investigado para depor. Fernandes, por sua vez, mesmo sabendo que virou alvo de ataques do Governo não abre mão de integrar a comissão e disputar a presidência. Valdemar completou a postagem no seu perfil do Twitter dizendo: “É tradição nas duas Casas. Em toda minha carreira política e de Parlamento nunca vi tamanho absurdo. Ele não foi condenado a nada.
É investigado como muitos parlamentares são, inclusive do PT e de outros partidos da base. Conte conosco André Fernandes, vamos defender seus direitos e do PL até o fim! CPMI neles!!!
Ontem, durante entrevista no Oeste sem Filtro, o senador Magno Malta, conhecido por ser incisivo nos seus debates e conhecido como “parlamentar da velha guarda” dentro do Congresso Nacional pela experiência que carrega, também saiu em defesa do nome de Fernandes para presidir a CPMI do 8 de janeiro.
Agora cabe ao presidente da Câmara, Artur Lira, decidir se vai apoiar André Fernandes e o PL, que propôs a CPMI, para cumprir um costume do Congresso e fortalecer o parlamento, ou se vai apoiar o governo, que quer Renan Calheiros relator da CPMI, e fortalecer o governo enfraquecendo a força de atuação do parlamento dentro da comissão.